A distância física e temporal dos estudantes em ensino à distância enfraquece o desenvolvimento do sentido de comunidade e provoca sentimentos de solidão, afastamento e ausência de "feedback" com os colegas e com professores. Porém, as comunidades colaborativas online, apoiadas nas novas tecnologias podem favorecer grandemente a interacção entre os aprendentes e destes com os professores que, passam a ser essencialmente orientadores e mediadores do processo ensino-aprendizagem. Harasim (2000) escreve: “o princípio da aprendizagem colaborativa pode ser o conceito mais importante para a aprendizagem online relacionada com a Internet, uma vez que este princípio se relaciona com o forte poder sócio-afectivo e cognitivo da aprendizagem na Web. A natureza assíncrona da Web tanto permite como requer a aprendizagem colaborativa: a colaboração providencia a união social de uma comunidade que atrai os alunos e os motiva a participar”. O sentido de comunidade depende em grande parte da colaboração mas, também, do sentimento de satisfação e da presença social que os aprendentes experimentam e constroem, daí o professor ter como missão assimilar todas as disponibilidades que a rede e as novas ferramentas electrónicas oferecem. Apesar das divergências verificadas nos estudos realizados parece haver consenso no que respeita à constatação de que “as aulas online sem colaboração ou comunidade são modelos de transmissão não desejáveis, que se focalizam mais na distribuição da informação do que na construção do conhecimento”.Este conhecimento é construído por parte dos estudantes, de modo autónomo e independente, em constante interacção com os colegas e professores, pela partilha e busca de informação, apoiado num tempo e num estilo de aprendizagem próprios. Porém, o diálogo dessa interacção deve consistir num debate em torno "do conteúdo do curso", de forma a, resultar em interdependência e na construção de um conhecimento comum.
Recorrendo mais uma vez a Harasim, podemos afirmar que "a construção de conhecimento é o processo de resolução progressiva de problemas que encoraja os estudantes a serem inovadores, a criarem propriedade intelectual e a desenvolverem e adquirirem perícia".
Ao professor caberá a e-moderação, considerada factor crítico no sucesso das comunidades online.
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